domingo, 19 de maio de 2019
domingo, 12 de maio de 2019
A dominação
A dominação é a probabilidade de obter obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis. A dominação é uma situação que se estabelece, na qual provável que determinadas pessoas obedeçam, sem que seja necessário recorrer à força, à ordens de determinado conteúdo. A autoridade é a forma pela qual se manifesta a dominação e a legitimidade é o que dá fundamento à autoridade. Na base de toda autoridade está a legitimidade. A dominação é o resultado desse exercício regular e constante da autoridade.
sábado, 11 de maio de 2019
Ideologia, segundo Althusser
A ideologia, para Althusser, é a relação imaginária, transformada em
práticas, reproduzindo as relações de produção vigentes. Na realização
ideológica, a interpelação, o reconhecimento, a sujeição e os Aparelhos
Ideológicos de Estado (AIE), são quatro categorias básicas.
Em seu discurso sobre a Ideologia é patente sua preocupação em
encontrar o lugar da submissão espontânea, o seu funcionamento e suas
consequências para o movimento social.
Para ele, a dominação burguesa só se estabiliza pela autonomia dos aparelhos (de produção e reprodução) isolados.
O mito do Estado, como entidade incorporada pelos cidadãos e como
instituição acima da sociedade, aparece, também no estruturalismo
marxista de Althusser sob a forma de "a instituição além das classes e
soberana". Assim os Aparelhos Ideológicos do Estado são a espinha dorsal
de sua teoria.
A teoria dos Aparelhos Ideológicos de Estado
constrói uma visão monolítica e acabada de organização social, onde
tudo é rigidamente organizado, planejado e definido pelo Estado, de tal
sorte que não sobra mais nada para os cidadãos. Não há mais nenhuma
alternativa a não ser a resignação ante o Estado onipresente e
absolutamente dominante.
A visão extremamente simplista dos aparelhos ideológicos como
meros agentes para garantir o desempenho do Estado e da ideologia atraiu
para Althusser as freqüentes críticas de funcionalismo. Isto se deve ao
fato de que ele não inclui nas suas preocupações questionamentos sobre o
surgimento desses aparelhos ideológicos e sobre sua lógica, conforme a
época. Não há a noção de continuidade histórica e cada fase é uma fase
em si, dentro da qual as diferentes instituições se articulam, sempre de
forma relativa. Assim a igreja - ou a religião -, por exemplo, não é o
resultado de uma sedimentação histórico-cultural de ideias e visões do
mundo, trabalho de séculos dos organizadores da cultura; não, a igreja é
a instituição e seu funcionamento só é captado dentro da lógica
respectiva do momento analisado. A dimensão da "tradição de todas as
gerações mortas que oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos" (Marx)
desaparece.
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