Gercinaldo
Moura*
Os candidatos contratam o marketing para a produção de
suas campanhas e programas eleitorais, como se fossem vender um produto
comercial. Porque não contratam quem conhece os problemas da sociedade?
A resposta
para tal questão é relativamente simples. O objetivo de suas propagandas e
campanhas é criar um disfarce para suas reais intenções; apresentar para o povo
a imagem da pessoa que ele não é; mostrar as propostas que ele próprio sabe que
não são verdadeiras, que são inexeqüíveis. Se as propostas fossem apresentadas
com seus verdadeiros objetivos, ele sabe que sua candidatura seria mais forte a
uma vaga no banco dos réus do poder judiciário, do que a uma cadeira no poder
executivo ou legislativo.
A propaganda eleitoral, como é feita,
desinforma e deforma a opinião do povo, serve apenas para o candidato, que só
quer o voto do povo para se servir do poder. Ela é feita sem nenhum compromisso e nenhuma seriedade, agride a inteligência e
desrespeita a honestidade do eleitor.
Não existe
propaganda eleitoral gratuita. Ela é bancada com isenções de impostos, que
deveriam, pelo menos legalmente, se destinarem
a serviços do povo.
Com essa “propaganda
gratuita” os candidatos se aproveitam para tirar alguns votos das pessoas como um
malandro que “passa a mão” num objeto de alguém que “tá de bobeira”.
A propaganda
eleitoral se disfarça de democracia e dá ao candidato os direitos da
publicidade que se transforma em um festival de desrespeito com o eleitor.
Nas ruas: Barulho,
mentiras, sujeiras. Na TV: Candidatos robotizados, com o rosto e os planos
maquiados, ocupando simultaneamente todos os canais de TV, com um marketing
moderno de idéias distorcidas da realidade, para fins de objetivos
inescrupulosos e escusos.
É possível uma
propaganda eleitoral sem maquiagens, com espírito público, com liderança, com
planos e propostas tão sério como os próprios candidatos deveriam ser?
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