sábado, 29 de junho de 2019

Doutor ou PhD? O que os títulos acadêmicos querem dizer


  • Você acha que o título de PhD é maior que o de Doutor?
  • Não se engane com o tal do PhD…
Nessa minha vida já rodei algumas universidades, centros de ensino e faculdades. Algo muito peculiar que acontece, vez ou outra, é presenciar alunos de graduação e pessoas fora dessas instituições falando: “Nossa, Fulana ou Ciclano é PhD”, parecendo que isso é algo sobrenatural. E, vira e mexe, você vê na internet alguns profissionais se vendendo como PhDs em alguma coisa, como se fosse algo muito além do possível de alcançar…(e muitas vezes nem são, usam isso para vender cursos, palestras, livros…).
Parece que se Fulana é PhD ela tem um título mais importante do quem é Doutor (a). Afinal, ter um PhD não é para qualquer uma ou um… Ou seja, numa escala de importância, o PhD parece ser o último degrau. Certo?
Pois é, sinto informar, mas se você pensa assim, está enganada (o). As universidades federais brasileiras, tecnicamente, estão repletas de PhDs.

PhD = Doutor (a)

Ora, se é a mesma coisa, por que existem dois nomes? E o pior, duas siglas: D.r (a)1 e PhD?
Vamos por partes.
PhD é a abreviação de Philosophiae Doctor. Já D.r1 (a) é a abreviação de Doutor ou Doutora. O Doutor ou Doutora é quem fez doutorado no Brasil. Quem faz o doutorado recebe o título de Doutor, como no meu caso, sou Doutor em Ciências, pelo programa de pós-graduação em Psicobiologia, da Universidade de São Paulo, campus Ribeirão Preto. Tá vendo pela descrição que fiz no Brasil, certo?
Esse tipo de pós-graduação existe em outros países. Por exemplo, nos Estados Unidos quem obtém o título na mesma área que eu é PhD, não Doutor. Em outras palavras, o título é o mesmo, mas cada país rege a nomenclatura de forma diferente.

Por: Bruno Marinho de Sousa

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Gastos do congresso

O que o Congresso gasta em um dia pagaria um ano de estudos de 10 mil alunos do ensino médio.

Um estudo realizado pela ONU em 2013 revelou que, considerando-se a paridade de poder de compra, o custo de cada congressista brasileiro é o segundo mais caro do mundo. Nós perdemos apenas para os Estados Unidos. Mas não se sinta triste com a derrota – ainda estamos na frente de 108 países no ranking.
Segundo os autores da pesquisa, desenvolvida em parceria com a União Interparlamentar dos Estados Unidos, o brasileiro carrega um fardo equivalente a US$ 7,4 milhões todos os anos para cada um dos 594 parlamentares em exercício. Já nos Estados Unidos, país com um uma renda per capita 3,7 vezes maior que a brasileira, cada assento do congresso custa 9,6 milhões de dólares por ano.

6 em cada 10 senadores brasileiros têm parentes na política.
Os brasileiros cada vez menos elegem candidatos e cada vez mais coroam dinastias. Segundo um levantamento divulgado pela organização Transparência Brasil, 49% dos deputados e 60% dos senadores eleitos, em 2014, têm parentes na política. Ou seja, 6 em cada 10 senadores integram de alguma maneira um clã político. O estudo mostra também que entre os novos deputados federais com menos de 35 anos, 85% deles pertencem a famílias que já têm atuação política. Política definitivamente virou negócio de pai pra filho. Como a máfia.

domingo, 12 de maio de 2019

A dominação

A dominação é a probabilidade de obter obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis. A dominação é uma situação que se estabelece, na qual provável que determinadas pessoas obedeçam, sem que seja necessário recorrer à força, à ordens de determinado conteúdo. A autoridade é a forma pela qual se manifesta a dominação e a legitimidade é o que dá fundamento à autoridade. Na base de toda autoridade está a legitimidade. A dominação é o resultado desse exercício regular e constante da autoridade.

Maria das Graças Ruas 

sábado, 11 de maio de 2019

Ideologia, segundo Althusser

A ideologia, para Althusser, é a relação imaginária, transformada em práticas, reproduzindo as relações de produção vigentes. Na realização ideológica, a interpelação, o reconhecimento, a sujeição e os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE), são quatro categorias básicas.
Em seu discurso sobre a Ideologia é patente sua preocupação em encontrar o lugar da submissão espontânea, o seu funcionamento e suas consequências para o movimento social.
Para ele, a dominação burguesa só se estabiliza pela autonomia dos aparelhos (de produção e reprodução) isolados.
O mito do Estado, como entidade incorporada pelos cidadãos e como instituição acima da sociedade, aparece, também no estruturalismo marxista de Althusser sob a forma de "a instituição além das classes e soberana". Assim os Aparelhos Ideológicos do Estado são a espinha dorsal de sua teoria.
A teoria dos Aparelhos Ideológicos de Estado constrói uma visão monolítica e acabada de organização social, onde tudo é rigidamente organizado, planejado e definido pelo Estado, de tal sorte que não sobra mais nada para os cidadãos. Não há mais nenhuma alternativa a não ser a resignação ante o Estado onipresente e absolutamente dominante.
A visão extremamente simplista dos aparelhos ideológicos como meros agentes para garantir o desempenho do Estado e da ideologia atraiu para Althusser as freqüentes críticas de funcionalismo. Isto se deve ao fato de que ele não inclui nas suas preocupações questionamentos sobre o surgimento desses aparelhos ideológicos e sobre sua lógica, conforme a época. Não há a noção de continuidade histórica e cada fase é uma fase em si, dentro da qual as diferentes instituições se articulam, sempre de forma relativa. Assim a igreja - ou a religião -, por exemplo, não é o resultado de uma sedimentação histórico-cultural de ideias e visões do mundo, trabalho de séculos dos organizadores da cultura; não, a igreja é a instituição e seu funcionamento só é captado dentro da lógica respectiva do momento analisado. A dimensão da "tradição de todas as gerações mortas que oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos" (Marx) desaparece.