sábado, 13 de julho de 2013

Propagandas eleitorais: A caixa de maquiagem dos candidatos



Gercinaldo Moura*
                       Os candidatos contratam o marketing para a produção de suas campanhas e programas eleitorais, como se fossem vender um produto comercial. Porque não contratam quem conhece os problemas da sociedade?
A resposta para tal questão é relativamente simples. O objetivo de suas propagandas e campanhas é criar um disfarce para suas reais intenções; apresentar para o povo a imagem da pessoa que ele não é; mostrar as propostas que ele próprio sabe que não são verdadeiras, que são inexeqüíveis. Se as propostas fossem apresentadas com seus verdadeiros objetivos, ele sabe que sua candidatura seria mais forte a uma vaga no banco dos réus do poder judiciário, do que a uma cadeira no poder executivo ou legislativo.
 A propaganda eleitoral, como é feita, desinforma e deforma a opinião do povo, serve apenas para o candidato, que só quer o voto do povo para se servir do poder. Ela é feita sem nenhum compromisso e nenhuma seriedade, agride a inteligência e desrespeita a honestidade do eleitor.  
Não existe propaganda eleitoral gratuita. Ela é bancada com insenções de impostos, que se destinariam  a serviços para o povo.
Com essa “propaganda gratuita” os candidatos se aproveitam para tirar alguns votos das pessoas como um malandro que “passa a mão” num objeto de alguém que “tá de bobeira”.
A propaganda eleitoral disfarça-se de democracia e dá ao candidato os direitos da publicidade que se transforma em um festival de desrespeito com o eleitor.
Nas ruas: Barulho, mentiras, sujeiras. Na TV: Candidatos robotizados, com o rosto e os planos maquiados, ocupando simultaneamente todos os canais de TV.
Candidatos que usam um marketing moderno com idéias distorcidas da realidade, para fins de objetivos inescrupulosos e escusos.
É possível uma propaganda verdadeiramente democrática para o povo e mais autêntica por parte do candidato?
Que tal entrevistas e debates sem maquiagens, nos veículos de comunicação, nas Universidades e outros locais públicos? Candidatos enfrentando sua própria História, o que realmente ele, e o que quer!
Precisamos de homens e mulheres sem maquiagens, com espírito público, com liderança, com planos e propostas tão sério como eles próprios deveriam ser.


* Professor da UFAL; www.gercinaldomoura.bolgspot.com    Twitter: @gercinaldomoura    

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